A geografia da língua poética não é limitada pelas fronteiras entre os países: há um elemento universal na poesia de Beth Brait Alvim que faz com que sua língua ‘roce’ todos os tempos e espaços; daí, sua voz se eleva e transita por vastas regiões numa comunhão com tudo o que é vivo. Ao mesmo tempo, é uma profunda voz feminina capaz de ler as entrelinhas dos sentidos e da história. Entre os chineses, diferente do restante do cânon do budismo mahayana, o bodisatva da compaixão é feminino, a deusa Kwan Yin. Beth é uma espécie de bodisatva poética que com sua língua transfigurada traduz toda a dor e toda a alegria da vida, das ressonâncias ocultas do mar às meditações dos bichos, a experiência nua e febril de, a todo o tempo, atualizar as formas da língua para dizer o indizível. A língua de Beth é o idioma da compaixão. Assim é a poesia de Beth Brait Alvim.
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